top of page
Foto do escritor

A luta da juventude no pós pandemia

Na última sexta-feira, 12 de agosto, foi comemorado o Dia Internacional da Juventude. Esta data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999 com o principal objetivo de conscientizar os jovens sobre a importância da criação de diretrizes e movimentos políticos que apoiem a melhoria da qualidade de vida e debatem mudanças e desafios enfrentados pela juventude mundial.

 Nem trabalho Nem estudo

Embora o dia seja de comemoração, a realidade dos jovens do Brasil não tem muito o que celebrar. De acordo com dados publicados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), um em cada quatro jovens no Brasil, entre 15 e 24 anos, nem trabalha nem estuda.

Essa situação deixa o Brasil em uma condição pior que a média mundial, onde o desemprego jovem atinge 14,9% em 2022. Na Europa e Ásia Central, a taxa de desemprego para esse grupo da sociedade foi de 16%. Na Ásia, a taxa prevista para o ano é de 14,9%. O Brasil também apresenta uma taxa mais elevada que a média da América Latina, onde o desemprego da população entre 15 e 24 anos é estimada em 20%. 

Outro ponto que chama atenção na pesquisa é o fato de que, embora os números brasileiros sejam praticamente os mesmo que os anteriores à pandemia, a disparidade entre os sexos aumentou e é considerada preocupante. Hoje, essa desocupação é a realidade para 28% das mulheres, contra 18% dos homens. 

Os dados mostram que em tempo de crise, mesmo entre a população vulnerável, existe uma segmentação entre quem tem menos oportunidades. Historicamente as mulheres – principalmente em áreas periféricas e pretas- sempre ficaram em desvantagens de oportunidades como consequência de uma política pública pobre em informação, saúde e educação para essas pessoas. 

Respeita as Minas

Pensando na situação de meninas em extrema vulnerabilidade e precariedade, não apenas no que se refere a necessidades básicas do ser humano, mas também em questões sociais que o Sefras apoiou a criação do grupo “Respeita as Mina!”. O projeto é focado na questão de gênero e contribui para a educação em direitos humanos através do fortalecimento do grupo e de campanhas comunitárias com temas afins. O Respeita as Minas atende  24 meninas entre 12 e 18 anos.

“Esse é um espaço muito importante para as minas da comunidade porque é um lugar onde nos sentimos livres e à vontade para falar sobre nossas questões pessoais, o que é muito bom. Fazer parte do coletivo nos deu outro modo de ver as coisas. Nós ganhamos muita experiência nesse acolhimento, além do suporte do SEFRAS a partir dos serviços que são oferecidos aqui”, comenta Ana Beatriz, participante do coletivo desde a sua criação há dois anos. 

Dias melhores

Ainda que muitos dos dados relacionados à juventude apontem números assustadores, uma pesquisa de 2021 feita pela UNICEF em parceira com a Gallup em 21 países apontou que os adolescentes e jovens brasileiros estão mais otimistas quanto ao futuro do que os adultos.

A pesquisa aponta que 31% dos adolescentes e jovens brasileiros acreditam que o mundo está melhorando, contra 19% dos adultos. “Não faltam motivos para o pessimismo no mundo de hoje: mudança climática, pandemia, pobreza e desigualdade, aumento da desconfiança e crescimento do nacionalismo. Mas aqui está um motivo para otimismo: adolescentes e jovens se recusam a ver o mundo através das lentes sombrias dos adultos”, afirmou a diretora executiva do UNICEF, Henrietta Fore. “Em comparação com as gerações mais velhas, adolescentes e jovens do mundo permanecem esperançosos, com uma mentalidade muito mais global e determinados a tornar o mundo um lugar melhor. Eles se preocupam com o futuro, mas se veem como parte da solução”.

E é com esse espírito de otimismo e esperança que o Sefras – Ação Social Franciscana – segue trabalhando para que os jovens do nosso país cheguem cada dia mais perto de realizar sonhos.

Atuamos em serviços voltados para crianças e adolescentes com o intuito de atender às necessidades locais das comunidades onde esses jovens estão inseridos, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Buscando sempre alimentar e construir junto com os jovens atendidos um presente e um futuro melhor. 

O Sefras 

O SEFRAS é uma organização humanitária que luta todos os dias no combate à fome, a violações de direitos e inserção econômica e social de populações extremamente vulneráveis: pessoas em situação de rua, crianças pobres, imigrantes e refugiados, idosos sozinhos e pessoas acometidas pela hanseníase. Guiados pelos valores franciscanos de Acolher, Cuidar e Defender, atende mais de 4 mil pessoas todos os dias no Brasil. Seus serviços diários promovem apoio social e jurídico para população em situação de rua, acolhimento e inclusão social de imigrantes, contraturno escolar para crianças e adolescentes, convivência e proteção de idosos, além de ações de defesa dos direitos e melhoria de políticas públicas voltadas a esses grupos. 

Para ajudar quem tem fome na cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro, o Sefras atua distribuindo mais de 2 mil refeições diariamente, além de distribuir cestas básicas, itens de higiene e cobertores e roupas de frio. 

Faça parte dessa corrente de solidariedade doando itens , em São Paulo, no Chá do Padre, na Rua Riachuelo, 268 – Centro. Tel: (11) 3105-1623 e no Rio de Janeiro na Tenda Franciscana no Largo da Carioca, s/ n, Centro. 

Você também pode doar qualquer quantia pelo nosso site ou pelo pix: sefras@sefras.org.br.

59 visualizações0 comentário

Comentários


bottom of page