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VII Dia Mundial dos Pobres

Por: Vitoria Martins

A imagem está em preto e branco, mostrando uma pessoa (aparentemente do sexo masculino) deitado em um banco público.
Imagem: Bando de Imagens / iSotck

Neste dia 19 de novembro, domingo, é celebrado o Dia Mundial dos Pobres. Essa data foi instituída pelo Papa Francisco em 2016, com o objetivo de convocar todos a apoiar aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade. Para 2023, o Papa Francisco escolheu a frase bíblica “nunca afastes teu olhar de algum pobre” (Tb 4, 7).

A passagem faz referência ao Livro de Tobite, um texto pouco conhecido do Antigo Testamento, em que Tobite temia nunca mais ver seu filho, Tobias, que estava prestes a sair em uma longa viagem, e deixou-lhe um testamento espiritual. Pediu para que caminhasse na justiça, no amor aos mais necessitados, e para que nunca afastasse o seu olhar aos pobres, para que assim o olhar de Deus estivesse sempre nele.

Segundo o Santo Padre, na mensagem deste VII Dia Mundial do Pobre, esse Livro nos ensina a ser concretos no nosso agir com e pelos pobres. Para ele, é fácil cair na retórica e parar em estatísticas e números quando falamos dos pobres. Mas ele também nos relembra que “os pobres são pessoas, têm rosto, uma história, coração e alma. São irmãos e irmãs com os seus valores e defeitos, como todos, e é importante estabelecer uma relação pessoal com cada um deles”.

“É uma questão de justiça que obriga a todos a procurar-nos e encontrar-nos reciprocamente, favorecendo a harmonia necessária para que uma comunidade se possa identificar como tal. Portanto, interessar-se pelos pobres não se esgota em esmolas apressadas; pede para restabelecer as justas relações interpessoais que foram afetadas pela pobreza. Assim «não afastar o olhar do pobre» leva a obter os benefícios da misericórdia, da caridade que dá sentido e valor a toda a vida cristã.”

Lado a lado com os pobres

O Sefras, enquanto organização franciscana, deseja estar próxima dos pobres, não apenas prestando assistência, mas também partilhando de seu sofrimento. Principalmente na conjuntura atual em que se encontra o Brasil, com o desmonte de políticas públicas de inclusão social e de redistribuição de renda, e direitos sociais e trabalhistas por parte de representantes do governo e o aumento de despejos e alta do desemprego, decorridos do agravamento da crise econômica em decorrência da pandemia, resultando no aumento das pessoas vivendo em situação de rua assim como o aumento da fome no país.

A instituição busca combater esses males, e construir uma verdadeira sociedade humana e fraterna junto dos públicos vulneráveis que assiste. Atuando de modo a suprir às necessidades básicas imediatas dessas pessoas, como a alimentação, assim como garantindo os meios para que consigam reaver seus direitos, dignidade e reinserir-se à economia e à sociedade. Desse modo, realizando ações concretas e duradouras que gerem mudanças estruturais, indo de frente com os interesses dos “agentes econômicos e financeiros sem escrúpulos, desprovidos de sentido humanitário e de responsabilidade social”, assim referidos por Papa Francisco.

O Dia dos Pobres, assim como as mensagens do Papa Francisco, consistem num apelo para a reflexão sobre o cenário atual e a necessidade de uma nova forma de organização social, com a economia e a política à serviço do bem comum. Para tal construção de uma sociedade mais justa e humana, é imprescindível o respeito para com a pessoa humana e à natureza, nossa Casa Comum, a partir do amor, simplicidade, responsabilidade, diálogo, justiça, bem comum e da fraternidade universal.


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