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SEFRAS participa das manifestações “Justiça por Moïse”

No último sábado (5/03), diversas cidades brasileiras se manifestaram demandando justiça por Moïse Kabagambe, imigrante congolês de 24 anos assassinado dia 24 de janeiro, no Rio. O jovem trabalhava no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, e foi espancado por cobrar o pagamento de seu salário.

O SEFRAS, como uma das poucas instituições especializadas no atendimento desse grupo social, esteve presente no ato realizado em São Paulo, no vão livre do MASP. Estiveram presentes representantes e funcionários do Centro de Acolhida ao Imigrante – Casa de Assis e do Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes – CRAI Oriana Jara, ambos nossos serviços destinados ao atendimento dessa população (https://sefras.org.br/nosso-trabalho/nosso-publico/imigrantes-e-refugiados/).

Os protestos realizados também pediam justiça por demais imigrantes que morreram ou desapareceram no país, como os angolanos João Manuel e Zulmira de Sousa Borges. também denunciaram o racismo e a xenofobia estrutural que permitiram não apenas essas mortes, como também a impunidade dos assassinos.

De acordo com o Minis

tério de Justiça e Segurança do Brasil, havia cerca de 60 mil refugiados e 1,3 milhão de imigrantes residindo no país, números que aumentam todo ano. São pessoas que fugiram de seus países devido às perseguições étnicas e religiosas, de conflitos políticos e crises econômicas, e da pobreza extrema.

E, quando chegam ao Brasil, encontram outros obstáculos, como: xenofobia, insegurança jurídica e dificuldade de inserção no mercado de trabalho. Isso devido a debilidade da política migratória brasileira, que apesar de autorizar a entrada de migrantes e refugiados, não oferece suporte para o recomeçar suas vidas de forma digna. 

Os três homens identificados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro – Aleson Cristiano de Oliveria, Brendon Alexander Luz da Silva e Fábio Pirineus da Silva – estão sendo investigados. Assim como o proprietário do quiosque, que apesar de não estar presente no momento do assassianto e não foi mencionado ainda, é visto com desconfiança pelos agentes da polícia.

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