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Sefras forma novos/as Formadores de Agentes Populares Imigrantes e Refugiados/as

Foto do escritor: Melissa GaldinoMelissa Galdino

Uma nova iniciativa está mobilizando lideranças comunitárias para promover a inclusão social e a defesa de direitos dos imigrantes e refugiados. Durante o mês de fevereiro, a Escola Nacional Paulo Freire será palco da Formação de Agentes Populares Imigrantes e Refugiados/as, um curso inovador que busca capacitar educadores populares para atuarem em suas comunidades, criando redes de solidariedade e organização social. A iniciativa é uma parceria entre a Escola Nacional Paulo Freire e o Sefras- Ação Social Franciscana.



A Educação Popular como Ferramenta de Mudança


Inspirado nos ensinamentos de Paulo Freire, o curso aposta na educação popular como estratégia para valorizar os saberes das comunidades e incentivar a reflexão crítica sobre a realidade social. Como destaca Freire: “ Esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo. ”


A ideia é formar multiplicadores, estimulando a mobilização e o protagonismo social entre os imigrantes, fortalecendo suas vozes e assegurando o acesso a direitos fundamentais. A expectativa é que, após a capacitação, esses agentes populares repliquem os aprendizados em seus territórios.


O que foi estudado nos encontros?


Ao longo da formação, os participantes mergulharam em temas essenciais para a organização comunitária e a defesa de direitos:

  • Leitura de mundo e trabalho comunitário: Reflexão sobre experiências coletivas e desafios locais;

  • Educação popular e mobilização social: O papel do agente popular na transformação social;

  • Direitos e acesso a serviços públicos: Como acessar documentação, saúde (SUS), assistência social (SUAS) e justiça;

  • Cartografia social e organização comunitária: Ferramentas para mapear e fortalecer redes locais;

  • Tempo comunidade: Vivência prática nos territórios e troca de experiências com moradores;

  • Sistematização dos serviços do território: Mapeamento dos recursos disponíveis e como acessá-los.





Para Cláudia Defendi, coordenadora do projeto, essa iniciativa representa um passo essencial para ampliar a presença do Sefras nos territórios e fortalecer a luta dos imigrantes:


“ Esse projeto será realizado de forma itinerante durante todo o ano de 2025. Estamos trabalhando especialmente com o tema do acesso à moradia para imigrantes, atuando em ocupações e centros de acolhida. Para isso, convidamos lideranças migrantes ativas nesses territórios para mobilizar suas comunidades e articular suas principais demandas. A formação de agentes populares é um passo essencial para garantir que essas comunidades tenham ferramentas para se organizar e lutar por seus direitos. ”

Hortense Mbuyi, uma das participantes da formação, destacou a importância do aprendizado durante o curso: “Aqui me ajudou a entender melhor como posso atuar na minha comunidade e apoiar outros imigrantes que enfrentam dificuldades. Agora, sinto que temos ferramentas para lutar pelos nossos direitos. ”


Impacto e Futuro


Além de ampliar o conhecimento das lideranças imigrantes sobre seus direitos e formas de atuação, a formação resultará na criação de uma cartilha metodológica, facilitando a reprodução da iniciativa em outros lugares.


A ideia central é fortalecer a auto-organização das comunidades imigrantes e refugiadas, garantindo que sejam protagonistas na luta por dignidade e igualdade de direitos. “ Ninguém educa ninguém, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”, dizia Paulo Freire. E é nessa construção coletiva que reside a força dessa formação.




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