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Nota de Pesar e Esperança

“Ressurreição de D. Claúdio Hummes”

“Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã nossa, a morte corporal, da qual nenhum homem vivente pode escapar.” – São Francisco de Assis.

Recebemos com pesar a notícia do falecimento do nosso irmão franciscano, cardeal Claúdio Hummes, nesta segunda-feira 04 de julho.

Dom Claúdio foi um homem que soube ler o tempo em sua vida pastoral. Ao longo de seus 88 anos, ele identificou e lutou pelas causas dos mais necessitados. Começando pelos operários no ABC paulista, na década de 1970, lutando contra a ditadura e servindo ao povo. Depois se colocou ao lado dos sertanejos no nordeste brasileiro em busca de água e melhores condições de vida.

Não obstante, também foi uma figura importante que norteou o Papa Francisco na escola do nome e do compromisso de “não se esquecer dos pobres”, como o próprio Papa explicou na época:

“Ao meu lado nas eleições, estava o arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação para o Clero, cardeal Claúdio Hummes, um grande amigo. Quando a situação ficava um pouco perigosa, ele me consolava. Quando os votos chegaram aos dois terços, começaram a aplaudir, porque o papa tinha sido eleito. E ele me abraçou, me beijou e disse: ‘Não se esqueça dos pobres’. E aquela palavra entrou na minha cabeça: pobres. Pensei em Francisco de Assis”.

Por fim, dedicou-se ao acompanhamento dos povos indígenas. De tal forma que, em 2019, no Sínodo da Amazônia, em Roma, ele defendeu a demarcação das terras indígenas.

Nós franciscanos e franciscanas do SEFRAS – Ação Social Franciscana – celebramos sua vida e seu legado de compromisso, com esperança e ressureição, principalmente no enfrentamento de situações de violação e de morte que o mundo vive. E como disse São João em sua primeira carta, “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama seu irmão permanece na morte”.

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