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Foto do escritorMelissa Galdino

Em Festa: Casa de Clara completa 28 anos



Para celebrar os 28 anos de sucesso e dedicação, a Casa de Clara do Belém realizou uma grande festa. No sábado, 3, a programação incluiu um café festivo seguido de uma mística clariana, apresentações culturais de percussão, dança e coral, culminando em um show musical com um almoço especial. Essa celebração não só marcou mais um ano de conquistas, mas também reforçou o espírito comunitário e a importância de cada pessoa que faz parte dessa trajetória.


Frei Tiago, coordenador da Mística e Espiritualidade e no eixo de Arte e Cultura do Sefras, emocionou a todos com suas palavras: "A Casa de Clara é um farol de esperança para tantas pessoas idosas que, muitas vezes, se sentem esquecidas. Aqui, eles encontram amor, respeito e dignidade. Celebrar 28 anos desse trabalho é celebrar a vida e a resiliência de cada um deles."


Joseane Carneiro, coordenadora da Casa, também compartilhou sua alegria: "Estamos muito felizes em comemorar esses 28 anos de conquistas. Cada atividade e cada sorriso que proporcionamos é um passo na direção certa para um envelhecimento digno e ativo. Ver a transformação na vida dos nossos atendidos é o que nos motiva a continuar."


Quase três décadas de Conquistas e Dedicação à Pessoa Idosa


Ao longo de seus 28 anos, a Casa de Clara do Belém, um dos projetos mais antigos do Sefras, tem se destacado pelo compromisso e dedicação à promoção da qualidade de vida das pessoas idosas. Atendendo atualmente 100 participantes, o projeto oferece serviços de segunda a sexta, das 08h às 17h, com três refeições diárias: café da manhã, almoço e lanche da tarde.





Uma das grandes conquistas do projeto foi o recebimento do Selo de Direitos Humanos e Diversidade da Prefeitura da Cidade de São Paulo. Este selo, concedido pela Secretaria de Direitos Humanos, reconhece as boas práticas de gestão da diversidade e promoção dos direitos humanos em empresas, órgãos públicos e organizações do terceiro setor. Esse reconhecimento é um reflexo do trabalho contínuo e dedicado da Casa de Clara na defesa dos direitos das pessoas idosas.


Ana Paula, assistente social da Casa, se sente orgulhosa com os resultados do projeto: “Diante do crescimento exponencial desse segmento da população e, infelizmente, do aumento das diversas formas de violência contra os idosos e idosas, a Casa de Clara se coloca como um espaço fundamental de acolhida e defesa do Estatuto da Pessoa Idosa.”


Há aproximadamente 10 anos, a Casa de Clara cede o espaço para a realização das reuniões do Fórum da Pessoa Idosa Neide Duque Mooca. Essa parceria contribui para a formação política das pessoas idosas e fomenta a participação ativa em espaços de decisão de políticas públicas.


As atividades interdisciplinares oferecidas pelo projeto são variadas e incluem oficinas de artesanato, dança e atividades físicas, além de seminários e palestras que abordam temáticas relevantes para o público idoso. Essas ações não apenas promovem a socialização e o bem-estar físico, mas também incentivam a aprendizagem contínua e o empoderamento pessoal.





Outro marco importante foi a criação da cartilha "Diga não à violência contra a pessoa idosa". Esta iniciativa reforça a conscientização e o enfrentamento das diversas formas de violência que afetam os idosos. A cartilha, junto com peças teatrais e outras atividades educativas, sublinha o compromisso da instituição com a causa e busca transformar a realidade de muitas pessoas através da informação e sensibilização.


A população brasileira está envelhecendo. Nos últimos 10 anos, o percentual de idosos – pessoas com mais de 60 anos – subiu de 11,3% para 15,1%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2022. Com esse crescimento, a projeção é que, em 2050, os idosos representarão cerca de 30% da população do país, enquanto as crianças e os adolescentes serão apenas 14%.




As mudanças nas características da nossa população suscitam a necessidade de um debate público, ainda pouco realizado, sobre a qualidade de vida das pessoas idosas brasileiras. Apesar dos dados expressarem o resultado de avanços na medicina e dos cuidados com a saúde, é muito importante considerar que o processo de envelhecimento ocorre de forma diversa e desigual.


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