O Mês de Janeiro é estabelecido, dentro do calendário do Ministério da Saúde, como Janeiro Roxo, mês dedicado à Campanha de Combate e Prevenção à Hanseníase. O objetivo central das ações da campanha é reforçar o compromisso em controlar a hanseníase. Atrelado a isso, são pensadas ações que oferecem o diagnóstico e o tratamento corretos, que difundem informações para superação do preconceito.
O último domingo do mês é a data destinada para celebrar o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, sendo a última semana o ápice da campanha, chamada de Semana D ou Semana H.
Importante saber que o Brasil é o país em segundo lugar no Mundo com maior número de casos novos da doença, (28 mil em 2018 – SVS/Ministério da Saúde) atrás somente da Índia, (120 mil em 2018 – WHO). Em 2018 foram detectados 1705 casos (6%) em crianças e adolescentes.
Mas, o que vem a ser a hanseníase? É uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria (bacilo de Hansen), que compromete, caso não tratada, a pele e os nervos. Por isso, a importância de estar atento a manchas persistentes de cor esbranquiçada ou avermelhada pelo corpo e que provoquem a diminuição da sensibilidade. A bactéria é transmitida através da secreção das vias respiratórias.
Infelizmente, no passado, a hanseníase, como tantas outras doenças, era vista com muito medo, e as pessoas que eram diagnosticadas sofriam discriminação e desprezo. Muitas eram trancafiadas em hospitais e isoladas do convívio com a família e demais pessoas, estigmatizadas como “leprosas”.
Daí percebe-se que a desinformação é a pior doença que pode haver em uma sociedade. Importante, então, que cultivemos a cultura do conhecimento, da pesquisa e da informação, principalmente em contextos sociais e políticos em que há desprezo e ânsia de se desfazer das pesquisas e das informações científicas.
Muito esperançoso é saber que a hanseníase tem cura!
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