O dia 8 de setembro é mundialmente conhecido como o Dia Mundial da Alfabetização. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco em 1967 com o objetivo de ressaltar a importância desse processo para o desenvolvimento cognitivo e social das crianças, e para a base dos direitos humanos. A alfabetização é um processo base para a educação. É por meio dela que as pessoas podem desenvolver a leitura, a escrita, a comunicação de ideias e pensamentos. Trata-se de ensinar indivíduos a reconhecer símbolos e códigos da linguagem verbal. Sua importância é tão fundamental para o desenvolvimento de pessoas e da sociedade que compõe a 4ª Meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para a Agenda 2030. Nessa é apontada a necessidade de reduzir o percentual de analfabetismo da população adulta, assim como garantir que todos os jovens aprendam a ler e escrever. Até 2019 foi percebida uma queda na taxa de analfabetismo no Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2004 o número de jovens e adultos alfabetizados era de 11,5%, em 2012 esse número havia caído para 8,7%. Após 7 anos, em 2019, segundo a PNAD-Contínua, a porcentagem era de 6,6%, totalizando 11 milhões de pessoas. Entretanto, nos últimos anos foi registrado um retrocesso quanto à esse cenário, principalmente durante a primeira infância. Alfabetização na Pandemia Com a chegada da pandemia, houve agravamento dessas desigualdades. Com a diminuição da renda de responsáveis, aumento do desemprego e despejos, muitas crianças que já ocupavam uma posição de vulnerabilidade social viram a comida sumir do prato, abandonaram a escola por não haver meios de acompanhar o ensino à distância, foram empurradas para as ruas. Com os impactos da pandemia na educação, entre 2019 e 2021 o número de crianças analfabetas de 6 e 7 anos cresceu em 66,3% de acordo com a organização Todos Pela Educação, chegando a totalizar 2,4 milhões de crianças. De acordo com a nota técnica Impactos da Pandemia na Alfabetização de Crianças, esse aumento foi ainda mais grave entre crianças negras e pobres, refletindo as desigualdades sociais e étnicas do país. Ao todo, 47,4% das crianças pretas e 44,5% das pardas não estão plenamente alfabetizadas. Entre as crianças brancas, o número é de 35,1%. Tais dados são extremamente preocupantes, uma vez que a não-alfabetização, para além de dificuldades de comunicação, ainda implica em prejuízos de aprendizagem, levando à aumento de riscos de reprovação, abandono e/ou evasão escolar. Atuação do SEFRAS Por mais que a alfabetização seja responsabilidade direta da educação formal, o SEFRAS busca por meio de seus serviços apoiar crianças e adolescentes vulneráveis, como em nosso lema de acolher, cuidar e defender. Por meio de atividades e rodas de conversa sobre temas como sociedade, cidadania, cultura e esporte, as crianças atendidas nos serviços têm espaço e assistência para desenvolver melhor as habilidades que já estão sendo ensinadas na escola. Além de ainda poderem desenvolver consciência política. De acordo com a coordenadora do SEFRAS Criança Peri, localizado no Peri Alto, “nossas crianças apresentam grandes dificuldades na escrita e na leitura e contribuímos indiretamente para essa melhora”. O SEFRAS O Sefras é uma organização humanitária que luta todos os dias no combate à fome, a violações de direitos e inserção econômica e social de populações extremamente vulneráveis: pessoas em situação de rua, crianças pobres, imigrantes e refugiados, idosos sozinhos e pessoas acometidas pela hanseníase. Guiados pelos valores franciscanos de Acolher, Cuidar e Defender, atua pelo Brasil atendendo mais de 4 mil pessoas todos os dias. São serviços diários que promovem apoio social e jurídico para população em situação de rua, acolhimento e inclusão social de imigrantes, contraturno escolar para crianças e adolescentes, convivência e proteção de idosos, além de ações de defesa dos direitos e melhoria de políticas públicas voltadas a esses grupos. Para ajudar na seguridade dos direitos da criança e do adolescente com nossos trabalhos, nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, você pode doar qualquer quantia pelo nosso site ou pelo pix: sefras@sefras.org.br.
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