O Dia dos Finados é uma data de extrema importância para diversos povos e culturas ao redor do mundo. “Pois revivemos o sentimento e o afeto daqueles que são caros a nós, e a quem tivemos que dizer até logo”, afirma Frei Marx.
Para o SEFRAS, para além de relembrar a morte, é também um momento de relembrar a vida. Não só daqueles que perdemos, mas daqueles que ainda estão entre nós.
A data nos lembra a importância da solidariedade com quem ainda está vivo. Para o religioso, “praticar a solidariedade é acreditar em uma vida, uma vida que começa agora. Com empenho, fé e esperança de um futuro melhor. De fé por um Deus que não despreza os seus, mesmo ainda que feche os olhos para esse mundo.
Desse modo, nos lembra nosso compromisso de ocupar as linhas de frente para evitar que possíveis outras mortes ocorram. Seja por violências como a violação de direitos humanos, ou até violências como a fome.
A história da data
O Dia dos Finados é comemorado no Brasil dia 2 de novembro, é uma herança cultural da colonização europeia.
Esse ritual é datado desde a Idade Média. Em 2 de novembro de 998, o monge Odilon de Cluny instituiu que os membros de sua abadia e a todos que seguissem a Ordem Beneditina rezassem pelos seus mortos na data.
O objetivo era relembrar a memória dos mortos, dos entes queridos que já se foram, e rezar pela alma deles.
Gradualmente, esse ritual passou a ser introduzido em toda a liturgia da Igreja Católica e popularizou-se por todo o mundo medieval como o Dia dos Finados.
Por meio da colonização e da cristianização dos povos ocorrida em toda a América, esse ritual de origem europeia se misturou com as diversas culturas originárias pré-colombianas no continente. Nesse processo, surgiram as mais diversas formas de celebrar aqueles que nos deixaram, e nesse desenrolar, o silêncio e solitude da reza foi deixado para trás.
Os rituais mexicanos do Dia dos Mortos é marcado por comidas, festas e música. Além da tradicional peregrinação noturna, quando centenas de pessoas caminham até o cemitério para deixar flores de laranjeiras decorando os túmulos.
Na Guatemala, pipas gigantes são soltas ao ar, próximas aos túmulos dos mortos e a preparação de pratos tradicionais. E no Haiti, recuperando tradições africanas, tambores são tocados nos cemitérios, cultuando o Barão Samedi - o Senhor dos Mortos.
Todas essas manifestações, por mais diversas e diferentes que sejam, o princípio de relembrar a vida e a memória dos que se foram permanece. E como dito pelo Frei, de reviver o afeto por aqueles que amamos e já se foram.
O SEFRAS
O Sefras é uma organização humanitária que luta todos os dias no combate à fome, a violações de direitos e inserção econômica e social de populações extremamente vulneráveis: pessoas em situação de rua, crianças pobres, imigrantes e refugiados, idosos sozinhos e pessoas acometidas pela hanseníase.
Guiados pelos valores franciscanos de Acolher, Cuidar e Defender, atua pelo Brasil atendendo mais de 4 mil pessoas todos os dias. São serviços diários que promovem apoio social e jurídico para população em situação de rua, acolhimento e inclusão social de imigrantes, contraturno escolar para crianças e adolescentes, convivência e proteção de idosos, além de ações de defesa dos direitos e melhoria de políticas públicas voltadas a esses grupos.
Para ajudar quem tem fome na cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro, o Sefras atua distribuindo mais de 2 mil refeições diariamente, além de distribuir cestas básicas, itens de higiene e cobertores e roupas de frio.
Ajude o nosso trabalho nesse dia especial. Você pode ajudar doando itens , em São Paulo, no Chá do Padre, na Rua Riachuelo, 268 – Centro. Tel: (11) 3105-1623 e no Rio de Janeiro na Tenda Franciscana no Largo da Carioca, s/ n, Centro.
Você também pode doar qualquer quantia pelo nosso site ou pelo pix: sefras@sefras.org.br.
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