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Dia do Trabalho

A data do Dia do Trabalho, 1º de Maio, é historicamente uma data de luta por direitos dos trabalhadores, adotada por grande parte dos países do mundo em homenagem às manifestações em defesa da redução da carga horária de trabalho (de 16 horas diárias para 8h), que ocorreram nesse dia em 1886 nos Estados Unidos. Ela simboliza décadas de debates, articulações, manifestações e mobilizações políticas em defesa de condições dignas de trabalho, que ocorrem desde o século XIX. Atualmente, a luta se faz cada dia mais necessária.

No contexto brasileiro, com a sistemática flexibilização e depreciação de direitos trabalhistas, que vêm ocorrendo há anos no país. Somada às consequências do advento da pandemia de COVID-19, ao final de 2021 havia 12 milhões de pessoas desempregadas no Brasil*, dos quais 30% estão nessa condição há mais de 2 anos.

Esse contexto é acompanhado ainda do aumento do trabalho informal (que contempla 40,4% das pessoas ocupadas), precarização das condições de trabalho (com diminuição de salários, fim de benefícios trabalhistas e aumento de cobranças). Ainda há o aumento do trabalho infantil, que de acordo com a OIT e a UNICEF, cerca de 8,9 milhões de crianças podem ser levados à condições de trabalho infantil por se verem em situações em que necessitam ajudar com a renda familiar.

Ainda esse cenário implica no aumento da fome, que atualmente chega a 19 milhões de brasileiros, assim como no número de pessoas que perderam suas casas e foram morar em cortiços, ocupações ou na rua.

A realidade dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras permanece permeada por grandes dificuldades, vulnerabilidades, injustiças, abandono e negligência governamental. O 1º de Maio, assim, permanece sendo uma data de extrema relevância social, pois traz a atenção para os problemas que o desemprego e a falta de dignidade trabalhista acarreta principalmente na vida das pessoas que se encontram em condições de vulnerabilidade.

De acordo com Papa Francisco, “trabalho quer dizer dignidade, trabalho significa trazer o pão para casa, trabalho quer dizer amar!”, compondo, assim, a base da vida em sociedade. É, para Matheus Faustino, da Rede de Promoção do Trabalho Decente (articulação da sociedade de combate ao trabalho escravo na cidade de São Paulo, da qual o SEFRAS faz parte), portanto, imprescindível para a superação da pobreza e para a construção de uma sociedade mais ambientalmente, socialmente e economicamente sustentável.

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