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Casa Franciscana comemora cinco anos de resistência e cuidado

  • Foto do escritor: Melissa Galdino
    Melissa Galdino
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Com um café da manhã especial, bolo de quase cinco metros e muita emoção, a Casa Franciscana do Cambuci comemorou este mês seus cinco anos de portas abertas, corações escancarados e compromisso diário com quem mais precisa. O tema da festa, 5 anos de resistência”, não poderia ser mais apropriado para um espaço que nasceu em meio à pandemia de covid-19 e, desde então, tornou-se referência de cuidado, dignidade e reconstrução de vidas.



“A escolha do tema foi muito simbólica para nós. A Casa surgiu em um momento crítico da nossa história recente, quando o mundo parava e os mais vulneráveis ficavam ainda mais invisíveis. A gente nasceu da urgência, mas se firmou na esperança”, disse emocionada a coordenadora Priscila Ramos durante a celebração.


Em cinco anos de atuação, a Casa Franciscana do Cambuci atendeu, em média, 400 pessoas por dia, somando mais de 24 mil pessoas acolhidas ao longo desse tempo. Além disso, já foram servidas mais de 1,2 milhão de refeições, um dado que revela o tamanho do impacto desse trabalho, feito com dedicação, cuidado e solidariedade.



Para Frei Marcos de Melo, conselheiro do Sefras, o espírito de São Francisco de Assis segue vivo ali. “Francisco sempre caminhou ao lado dos excluídos do seu tempo. A Casa Franciscana do Cambuci é esse reflexo hoje: presença viva, fraterna e corajosa no meio da cidade, onde há sofrimento, mas também muita potência.”


A programação da festa foi intensa e afetiva: além do café da manhã com bolo e parabéns, houve a entrega de certificados para a primeira turma do curso de barbeiro – fruto do projeto de formação profissional oferecido na Casa. A celebração também contou com uma mística de abertura, a reinauguração da biblioteca comunitária, almoço coletivo e o início de um baile de música.



E é justamente essa presença que faz a diferença na vida de pessoas como para um dos participante da Casa. “Pra quem vive na rua ou em vulnerabilidade como eu, esse lugar é como um lar. A gente encontra acolhida, respeito e convivência. Aqui é onde eu posso respirar e me sentir gente de novo.”


Cinco anos se passaram e, com eles, a certeza de que resistência também é ternura, que cuidado é revolução e que cada refeição servida, cada conversa escutada, cada sorriso devolvido, é uma semente plantada num solo de dignidade.


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